Símbolo

O símbolo tem uma inter-relação com o seu objecto, em virtude de hábitos e convenções sociais. É um signo que tem aptidão para representar o seu objecto dependendo sempre de um hábito mental e de alguma necessidade física com o objecto.

O símbolo é geral, aplica-se a um número indefinido de casos a signos contextualizados e os objectos com que se relacionam. Obtem significado por meio de uma mente que associa o ícone, o índice e por fim, é mediador.

Concluí-se que os ícones definem-se pela qualidade, os índices definem-se pela individualidade e o símbolo é mediador.

Índice

O índice é uma inter-relação com o objecto semiótico e a interpretação de um signo. Assim, o signo é definido numa inter-relação existencial com o seu objecto, dando ao signo a capacidade de chamar à atenção da sua existência, de qualquer forma. Após essa "chamada de atenção" poder-se-á dar um valor (um nome) essencial para o índice.
Índice é um signo com carácter representativo, é um signo indexical onde existe uma inter-relação entre o intérprete e o interpretante.
Pierce dá o exemplo da Fotografia, como signo icónico, pois esta estabelece uma relação de contiguidade com o objecto que refere, pois é uma reprodução fiel do real.

Ícone

Em relação ao ícone, Pierce cria vários níveis na definição de ícone:
- ícone puro - é algo imaginado e indistinguível.
- ícone actual - é a percepção
- signo icónico - corresponde a qualquer coisa através de comparação - "Aquele que pode representar o seu objecto principalmente pela similaridade", construíndo um modelo de expectativas pessoais atribuídas às formas percebidas.

O ícone, é ainda, um signo que está no lugar de um objecto em virtude de ter alguma semelhança entre os dois. Existe sempre a possibilidade de revelar a estrutura, a função e as inter-relações inerentes ao seu respectivo objecto.
Portanto, não há ícones puros na mente consciente, sem qualidades que não estão incorporadas em alguma inter-relação de algum contexto. Assim, para que um ícone seja um signo, a semelhança deve existir como uma imagem da mente de algum intérprete.
Figuras, diagramas, mapas são considerados ícones.
A iconicidade é referida como a primeiridade, em que um representamen é dado ao intérprete do signo tal como ele é e nada mais.

O conceito de signo em Pierce

O signo, na minha perspectiva, é um representante do objecto semiótico que é interpretado pelo intérprete. No entanto, Pierce organizou a experiência dos fenómenos representados ao pensamento, segundo três categorias:

Primeiridade - esta categoria pode ser definida como a primeira impressão - a pura aparência - tudo tem a sua originalidade, espontaneidade. Tudo é tal como é, existindo a possibilidade do que possa acontecer.

Secundidade - neste categoria tem-se consciência do que existe. O "tal como é" mas mais actualizado, com mais alguma particularidade. Provavelmente, uma relação com mais alguma coisa relacionada com o mundo físico ou com a imaginação ou pensamento.

Terceiridade - nesta categoria já se tem uma consciência reflectida e será a parte mediadora entre o representante e o objecto semiótico.

Sendo assim, o conceito de signo, segundo Pierce, é "algo que está para alguém por algo, sob algum aspecto ou capacidade", isto é, cada interpretante de um signo poderá criar um outro signo que, por sua vez, será interpretado por outros intérpretes consoante o seu pensamento. Trata-se de um signo icónico.

Mimetismo

O mimetismo é uma cópia da realidade. Para a imagem, o mimetismo gera alguns princípios:

• a variabilidade temporal não modifica o campo visual;
• o indivíduo percepciona a Natureza sem necessitar de interpretá-la, pois, a Natureza por si só é suficiente inteligível;
• as imagens são criadas através da percepção;
• a imagem é um modo de comunicação.

A Imagem X

Imagem X = uma experiência sensorial obtida através da estimulação da retina (visão)

Imagem X = uma evocação mental não gerada por um estímulo óptico exterior (memorização)

Imagem X = uma produção icónica externa ao homem (representação)